Análise dos Resultados
Como podemos observar no gráfico da primeira pergunta, 85% dos alunos inquiridos preocupa-se com o consumo energético nas suas casas. Este resultado é bastante superior ao esperado, o que mostra que realmente é possível trabalhar este tema na escola e esperar a cooperação por parte dos nossos colegas. Esperemos que a referida preocupação não desapareça à porta das suas casas e que este espírito preocupado prevaleça também na escola.
Uma coisa é preocupação, outra é agir de acordo com este sentimento. Como tal, apareçe pertinentemente a segunda pergunta: "Utilizo lâmpadas economizadoras?". Aqui, os resultados diferem bastante dos da questão anterior. Verificamos que apenas 56% dos inquiridos são preocupados ao ponto de utilizar lâmpadas economizadoras em casa. Este número, apesar de tudo, ainda é bastante significativo. Isto porque na questão 3 apenas 50% dos alunos respondeu estar informado sobre o quanto pode poupar utilizando lâmpadas economizadoras. Ora se compararmos os resultados destas duas perguntas, temos a semelhante percentagem de alunos informados e de alunos a utilizar lâmpadas economizadoras. Será que os outros apenas não as utilizam porque não estão informados? Tiramos daqui uma importante conclusão, é imperativo divulgarmos este tipo de informações, para sensibilizar e informar os alunos, não só da importância da eficiência energética, como o ganho económico daí resultante. Esta informação já está disponível no nosso cartaz de sensibilização.
As perguntas 6, 7, 8, 9 e 10 dão-nos uma clara imagem dos comportamentos dos alunos no que diz respeito à utilização de água, aparelhos de refrigeração, iluminação, electrodomésticos e aquecimento, respectivamente. Assim, conseguimos pintar um quadro geral que denuncia as grandes lacunas comportamentais dos alunos face à problemática energética aplicada a diferentes campos.
Dados estatísticos como os 40% de alunos que não se importam de ter a água quente a correr desnecessariamente, os 47% que deixam a luz acesa em divisões desocupadas e os 46% que deixam os aparelhos em stand by, contribuem efectivamente para percebermos que, apesar de termos uma escola em que 85% dos alunos inquiridos se apresentam como pessoas preocupadas, os seus comportamentos e atitudes contrariam diversas vezes esta posição. Nós pensamos que a falta de informação, sensibilização e estimulação sobre estes assuntos está na base destes comportamentos energéticos negligentes. Defendemos que, por mais sensibilização que nós consigamos fazer, é necessário que daqui para a frente, a escola se debruce sobre este assunto. Os projectos curriculares de futuras turmas deveriam incidir um pouco mais sobre esta matéria, pois é a aprendizagem que é responsável por uma alteração duradoura dos comportamentos. É necessário fazer um pouco mais que informar, é necessário educar.