segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Austrália quer reduzir emissões até 2020


A Austrália comprometeu-se a reduzir as suas emissões em cinco por cento até 2020, recorrendo a um sistema de comércio de emissões mais ambicioso fora da União Europeia.

O primeiro-ministro Kevin Rudd anunciou os objectivos da sua política climática, declarando que a Austrália, enquanto continente mais seco e quente do mundo, não pode ficar à margem da luta contra as alterações climáticas.
“Somos o país desenvolvido que mais tem a perder com as alterações climáticas. Uma redução de cinco por cento é o nosso compromisso mínimo e incondicional, quaisquer que sejam as acções dos outros países do planeta”, adiantou Rudd.
Para a ministra das Alterações Climáticas, Penny Wong, o sistema de comércio de emissões é vital para a Austrália. O país surge em quarto lugar na lista de países com mais emissões de gases com efeito de estufa per capita, devido à sua dependência do carvão para produzir electricidade.
“Estas são metas difíceis para a Austrália. A nossa economia – incluindo a produção alimentar, agricultura e abastecimento de água – está ameaçada. Se não agirmos agora, o impacto chegará mais cedo e será maior. Perderemos indústrias chave e postos de trabalho””, admitiu Wong.
O sistema de comércio de emissões vai abranger 75 por cento das emissões de dióxido de carbono australianas e mil das maiores empresas do país. Apesar da agricultura representar 16 por cento das emissões australianas, os agricultores que há mais de sete anos sofrem com a seca, vão ser poupados de participar no comércio de emissões durante, pelo menos, cinco anos.
O plano permite que os preços sejam definidos pelo mercado, primeiro em leilões a realizar na primeira metade de 2010, abandonando a ideia inicial de um preço fixo.

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