quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Polémica em torno do Google


Pense bem quando fizer uma pesquisa no Google. Esse gesto, tão natural para nós, esconde um preço medido em emissões de carbono até agora desconhecido.
Alex Wissner-Gross, físico da Universidade de Harvard, fez as contas: duas pesquisas produzem tanto dióxido de carbono como uma chaleira a ferver.
Este resultado provém da soma da electricidade gasta pelo computador onde estamos a trabalhar e os enormes centros de bases de dados que o Google tem, espalhados por todo o mundo.
“O Google não é pior do que qualquer outro operador de bases de dados. Se queres providenciar um resultado rápido e muito bom vai ser necessária energia extra para o fazer”, afirma o físico.
Por seu lado, o Google já negou a precisão destes números. “Este número está inflacionado em muitas vezes. Em termos de gases de estufa, uma pesquisa no Google equivale a cerca de 0.2 gramas de CO2. Desenhámos e construímos os centros de bases de dados mais eficientes no mundo, o que significa que a energia usada pelo Google é mínima”, afirma Urs Hölzle, vice-presidente de operações, no blogue do Google.
O Google acrescenta ainda que procura a máxima eficiência computacional, tendo co-fundado um grupo que trabalha nesse sentido - Climate Savers Computing Initiative. “Esta organização sem fins lucrativos está empenhada em reduzir a energia consumida por computadores para metade até 2010, reduzindo as emissões globais de CO2 em 54 milhões de toneladas por ano”, sublinha Urs Hölzle.
Com o crescente número de pesquisas online e a utilização mais frequente de computadores, as emissões de gases e o consumo de electricidade começam a ser cada vez mais objecto de investigação.

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